Fonte: JA

O Kwanza valorizou-se 2,4 por cento, desde o princípio do ano até dia 10 de Junho, com a melhoria do câmbio para 642 kwanzas por Dólar, num período em que o preço do petróleo aumentou quase 46 por cento, para 72,4 dólares por barril devido à forte procura asiática, resultando na subida do fluxo de dólares no mercado nacional.

A conclusão é da consultora NKC African Economics, que considera a valorização no primeiro semestre de temporária, pois ela será anulada até final deste ano, com o Kwanza a perder cerca de 11 por cento, para 645 por dólar, segundo previsões.

“Prevemos que o taxa de câmbio do kwanza face ao dólar vá, até final do ano, anular alguns ganhos recentes, para atingir uma média de 645,4 kwanzas por dólar em 2021, o que compara com uma média de 578,3 kwanzas por dólar em 2020”, escrevem os analistas, numa nota sobre a evolução da moeda angolana.

No comentário, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas desta filial africana da britânica Oxford Economics apontam que “o risco de uma forte depreciação na moeda mantém-se elevado devido à incerteza no mercado energético causada pela pandemia da Covid-19”.


Pressão continua

Além disso, acrescentam, “apesar da recuperação no sentimento sobre o risco, que aliviou riscos de curto prazo, o Kwanza vai provavelmente continuar pressionado no curto prazo devido à forte dependência do sector petrolífero, que está a enfrentar um declínio na produção devido a questões operacionais e falta de investimento”.

“Isto, em conjunto com o fluxo de reservas proveniente do desembolso do Fundo Monetário Internacional (FMI) durante este período, sustentou o fortalecimento do Kwanza, que se desvalorizou em 27 por cento durante o ano passado”, explicam os especialistas da NKC.

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