Fonte: Sul Noticias

O ministério da agricultura em Angola é o que mais cresceu nos últimos dois anos, como resultado da aplicação das novas tecnologias para o fomento agrícola usadas no campo.

Em 2020, o sector registou um crescimento de 5% da sua capacidade de produção de cereais com maior enfoque para o milho, estimado em três milhões de toneladas e, este ano, produziu 4.8 %, estimado em dois milhões e 800 mil toneladas de cereais.

Na campanha agrícola 2021/2022, prevê-se um crescimento superior de cinco porcento, em consequência das previsões das chuvas, pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INAMET), com o foco na produção, em grande escala de milho, massango, massambala, tubérculos, hortícolas e fruteiras.

O facto foi dado a conhecer recentemente, à REVISTA Sul Rostos & Negócios, no Lubango, pelo ministro da agricultura e florestas, António Francisco de Assis, a margem de um workshop subordinado ao tema, a agricultura faz-se no campo, numa iniciativa da Associação Agro-pecuário, Industrial e Comercial da Huíla (AAPCIL), no âmbito da Expo Huíla, inserida nas festas da Nossa Senhora do Monte que decorrem no Lubango.

O responsável agrícola, sublinhou que apesar deste crescimento, as cifras de produções de cereais e outros, são ainda tidas de irrisórias, ou seja, o sector ainda não está a ser capaz de produzir a quantidade necessária, por vários factores que não precisou.

Segundo disse, a Angola tem necessidade de produzir, pelo menos, 20 a 30 milhões de milho/ano, por ser um produto mais consumido, a par de outros como o massango e a massambala e, com isso, minimizar a fome que se verifica no país.

“A maior parte da população alimenta-se, essencialmente do milho, e o básico que são o massango e a massambala fruto das condições climatéricas destas regiões”, – reforçou.

Fez saber que na região norte de Angola, a cultura principal de alimentos são a mandioca, no entanto com uma visão empresarial, as pessoas que habitam nestas regiões organizadas e estimuladas, podiam produzir em condições mais favoráveis o milho, massango e a massambala e poder ser consumidos noutras partes de Angola. “E isso é que faz o país”.

Alertou, no entanto, a necessidade imperiosa de uma interligação sobre o programa de desenvolvimento agrícola, com todas as províncias, e ter-se planos de trabalho de forma comum para que o que não se produz numa região, noutra pode ter vantagens comparativas e melhores de produção e produtividade, isto é, produzir para si própria, mas também deve produzir e olhar para outras regiões, combinados com uma visão, missão e organização estratégica de cada região.

Previsão da campanha agrícola 2021/2022

Pelo menos, um milhão e 500 mil famílias agregadas em associações de camponeses cujas mesmas estarão envolvidas na campanha agrícola 2021-2022 que abre em Setembro próximo, na província do Cuando Cubango, mais de 26 mil em relação ao igual período idêntico anterior.

O ministro da agricultura e florestas, António Francisco de Assis, anunciou que para a próxima campanha agrícola, serão cultivadas mais de três milhões de hectares.

Segundo o ministro da agricultura e florestas, António Francisco de Assis, todas as condições para o efeito estão a ser preparados de modos a que a mesma venha a decorrer sem sobressaltos.

Considerou que a escolha daquela província sul do país resulta, pelo facto de a mesma estar a mostrar frutos na produção e produtividade.

Neste momento decorre um trabalho com as escolas de campo, no sentido de se elevar novos conhecimentos e novas tecnologias para que haja duplicação na produção de produtos diversos e, desta feita contribuir para a economia do país.

Angola terá fábrica de fertilizantes

A Angola está a trabalhar para a construção, em 2022, de uma fábrica de fertilizantes, na perspectiva de fomentar a agricultura e contribuir para a redução de importações deste produto no exterior do país.

O processo que está a ser desenvolvido pelo governo de Angola, através do ministério da agricultura, energias e águas e de recursos minerais e petróleos, bem como com o governo Alemão, com apoio de uma das unidades públicas daquele país europeu para a concretização deste desiderato dentro de dias.

O facto foi anunciado pelo ministro da agricultura e florestas, António Francisco de Assis que, apesar de não avançar os possíveis investimentos para o efeito, considerou que a ideia é de procurar outras alternativas de produção que tenham em atenção potencialidades concretas dentro do país.

“Os ministérios estão ainda a estudar todo este cenário com uma empresa Alemã (AVOT) e com o suporte de uma universidade daquele país europeu, para a preparação de um dossier completo para ser apresentados por dois governos (Angola e Alemanha).

Neste momento estão ainda fase de estudos neste sentido, mas já o sector tem a certeza de que a partir da água já se pode produzir fertilizantes, usando a energia eléctrica.

Fez saber que outro estudo está a ser desenvolvido com uma empresa privada denominada “Grupo OPAIA” situada na província do Zaire, que também vai produzir grandes quantidades de fertilizantes para fornecer e, consequentemente, melhorar a agricultura.

Em linhas gerais fez saber que dos mais de 25 milhões de habitantes que o país controla, apenas 30 porcento é que trabalha no sector agrícola, maioritariamente vivem em zonas rurais.

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