O secretário provincial da UNITA em Benguela, Adriano Abel Sapiñala, denunciou no dia 28 de Maio, quando discursava na abertura da pré-campanha do seu partido, actos de intolerância política na Comuna do Tumbulo, no município do Cubal, que envolve militantes da UNITA e do MPLA, tendo resultado na queima de 13 casas, 5 celeiros e a morte de um boi, enquanto MPLA nega as acusações e acusa também o líder da UNITA na cidade das acácias rubras de viver de boatos e fofocas.    

Sobre essas situações, o secretário provincial da UNITA, Adriano Sapiñala, “nós temos situações de intolerância política outra vez no município do Cubal. Onde temos aldeias queimadas, casas dos nossos militantes queimados, só porque são militantes da UNITA. E querem que diante desses factos nós ficamos só a olhar. Isso é verdade? Nós temos que defender os nossos direitos como cidadãos”, denunciou, alertando o povo do Cubal, saber defender-se e não permitir que queimem mais as nossas casas.

Contraditório

Em busca do contraditório, o primeiro secretário municipal do MPLA no CUbal, Paulino Banja, teceu duras críticas ao secretário provincial da UNITA, desvalorizando os seus pronunciamentos e diz não conhecer a realidade que o município do Cubal vive.

“Um responsável, que é um deputado à Assembleia Nacional, que é um secretário provincial da UNITA, não sabe a realidade, não constatou in loco, vai declarar aqueles pronunciamentos, num acto político”, disse, acusando que a direção dos maninhos nunca foi ao local, para saber como é que estão, “vive de quê? De boatos e fofocas”, acusou.    

Jango do MPLA queimado. Fotografias: Daniel Vasconcelos

O também Administrador do Cubal disse ainda que os militantes do MPLA, não têm cultura de queimar casas. “Passamos a mensagem de paz”, para eles, assim, as populações não vão na fase eleitoral, descolar-se ao centro da cidade para exercer o seu direito do voto com medo”, concluiu.

Outras reações  

Dando os factos que mais uma vez põe em causa a situação dos direitos humanos, tivemos que deslocar até ao local, propriamente nas Aldeias de Kassala e Winguililo, palco das retalhações, para constatar as realidades dos factos.

Na povoação de Kassala, foram queimadas 13 casas dos afetos aos militantes do partido UNITA, actos praticados pelos militantes do MPLA. Segundo o responsável do Galo Negro naquela comunidade José Longuia, disse que tudo começou no dia 27 de Março, nesse dia, em companhia dos seus companheiros do partido colocaram um bandeira da motorizada de três rodas e foram à uma actividade partidária e no regresso, nas mediações do jango do MPLA, que também foi queimada, despediram-se e cada um foi à sua residência.

No dia seguinte, disse que receberam ameaças pelo senhor João Conho, militante do MPLA de que esse iria cortejar pessoas com catana. “O João Cunho levantando disse assim: se essa bandeira que nós colocamos hoje quinta-feira, se um dia sair mais, nós não vamos falar. Já conhecemos, os que iam ao comício. Vamos começar assassinar esses indivíduos a partir das zero horas, até as três horas da manhã e nós como autoridade, ninguém vai nos mexer”, explicou.

Na aldeia de Winguililo foram queimados 5 celeiros de milho, um comité do partido MPLA e a morte de um gado. Segundo o coordenador do partido dos camaradas naquela circunscrição, Celestino Chapambamba, acusa o partido UNITA de ter praticado actos de intolerância política e que essa é a segunda vez que os militantes do Galo Negro queimam casas dos militantes do MPLA.

“A primeira queimadura foi de um comité. Quando eram por volta das 20 horas, quando os militantes da UNITA vinham no comité queimar, na própria noite, deram 4 tiros, onde de manhã, apanhamos uma bala de arma tipo AK e também apanhamos um cartão de um militante da UNITA, no local, onde queimaram o comité, até hoje, está nas mãos da polícia”, afirmou.

Casas dos militantes da UNITA queimadas. Fotografias: Daniel Vasconcelos

Aquele responsável disse que o motivo que levou os militantes da UNITA, queimar o comité do MPLA, o local onde que a UNITA colocou o seu Jango, o mesmo local já está em conflito familiar, e que no dia seguinte os homens iam contruir o Jango, por voltas das 15 horas, a família começou a gritar, “que esse terreno é nosso. Porque outro, já vendeu lá uma parcela”, disse, esclarecendo que a mesma parcela que restava, era para uma outra família, “na madrugada, falam que o MPLA é que queimou o Jango”, esclareceu.

Dando as graves acusações que pesa no partido UNITA, o secretário municipal dos maninhos no Cubal, João Kaluyombo, esclareceu que, na questão da reposição das estruturas locais do seu partido, numa noite, um militante junto com seu grupo, organizaram-se para poder construir a sua estruturas, dali numa noite, os militantes do MPLA, queimaram um pequeno casebre próximo ao Jango que estava sendo construído, mais o celeiro do responsável do seu partido naquela localidade, o senhor José Longuia.

“Após isso, tudo começa porque também os descontentes do terreno, ficaram contra a queima dos casebres e do celeiro do secretário que é o senhor José Longuia”, disse, acrescento que a revolta popular é que fez com que, icem ao encontro das casas dos senhores: Tchambomba, do Soba Kalava e o Kunho.

O político acusa os mesmos de serem os protagonistas na queimaram de casas dos militantes da UNITA naquela área.

Diante desses factos, tentamos ouvir a polícia nacional naquele município, mas esses negaram dar quaisquer esclarecimentos sobre o sunto, alegando que não têm autorização.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *