Quase todos reclamam vitória! Ontem 19 de Junho, foi dia da segunda volta das eleições legislativas em França, contados os votos ficou-se a saber que a coligação liderada pelo Presidente da República Francês fica com o maior número de deputados, mas perde a maioria absoluta, esta, acaba por ser a principal consequência política deste acto eleitoral, que o jornal de esquerda “Libération” fala numa “chapada” dada pelos eleitores franceses à Emmanuel Macron, que “deita por terra” a “pretensão” que o Presidente francês tinha de ser, simultaneamente, “de direita e de esquerda”.
Destaque também para a grande subida de votos da extrema-direita e da também da extrema-esquerda. Isto significa que Emanuel Macron vai ter maiores dificuldades em governar e passar propostas na Assembleia.
Sismo, ingovernável, estado de sítio, tenaz, precariedade, paralisia, fragmentação, incógnita, chapada, humilhante. Os editoriais e as capas dos jornais franceses antevêem um último mandato terrível para o presidente francês.
Os jornais franceses destacam esta segunda-feira 20 de Junho, o “sismo político” que representam os resultados das eleições legislativas, com o crescimento da extrema-direita e o fim da maioria absoluta para a coligação presidencial, e falam numa “chapada” dada a Macron.
No dia a seguir à segunda volta das eleições legislativas francesas – em que a coligação presidencial obteve 245 deputados, ficando muito aquém dos 289 necessários para a maioria absoluta.
No editorial deste jornal, o jornalista Alexis Brézet considera que a França deu no domingo à noite um “salto para o desconhecido”, infligindo uma “derrota humilhante” a Macron e tornando a Assembleia Nacional um “caldeirão fumegante de paixões”.
“Como governar o ingovernável? Esse é o desafio – crucial e talvez insolúvel – que Macron tem agora de enfrentar. (…) Numa altura em que a sua sucessão já começa a marcar os espíritos, o risco nunca foi tão grande de ele ficar na história como o espetador impotente de um mandato que morreu, antes de sequer ter começado”, lê-se no “Le Figaro”.
O jornal de esquerda “Libération” fala numa “chapada” dada pelos eleitores franceses a Emmanuel Macron, que “deita por terra” a “pretensão” que o Presidente francês tinha de ser, simultaneamente, “de direita e de esquerda”. “Tendo em conta que a natureza política tem medo do vazio, essa estratégia acabou por apenas alimentar as oposições radicais ou extremistas, sem propor ou oferecer um projeto político que pudesse ser maioritário. O mandato que agora se inicia parece uma ‘terra incógnita’ para Macron”, é escrito nas páginas do diário.
Tradução: Expresso
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