A UNITA maior partido na oposição em Angola, na província de Benguela, considera que, do partido no poder só resta apenas os últimos suspiros, que 46 anos depois, o país está como está, e durante 46 anos o país ainda tem muito para ser feito, as promessas de 2017, não foram cumpridas. “Chegou o momento, de mudar o país e da alternância”, disse, Adriano Sapiñala, secretário provincial do Galo Negro, sábado último 25 de junho, no município da Baía-farta em acto de massas onde os dois partidos rivais mediram forças.
UNITA e MPLA, dois partidos políticos gingantes, cruzarem-se no mesmo território, para disputarem o eleitorado tendo em vista o momento que o país vive de eleições gerais de 24 de Agosto. Para Adriano Sapiñala, o município piscatório, nesse dia, transformou-se na capital política de Benguela, “e nós como somos pela paz, intendemos logo que isso não é problema. Só que também intendemos que eles queriam estar aqui para nos desafiar, ou boicotar a nossa actividade, mas agora que estamos aqui a falar, podemos falar que, não é bom competir com os outros que têm força”, disse, salientando que actividade do MPLA se transformou num movimento de álcool onde estavam a oferecer bebidas às pessoas, “esfoçaram as pessoas para estarem lá, mobilizaram mais de 200 autocarros e os autocarros voltaram vazios. O povo não chegou”, acusou.
Sapiñala acusou ainda o partido no poder, de pedir reforços nas províncias vizinhas, e seu partido está dar provas de engajamentos de trabalho, para que em 24 de Agosto se concretize a tão almejada alternância.
Na verdade, diz Sapiñala que, do MPLA só resta os últimos suspiros, “46 anos depois, o país está como está, nós não podemos estar aqui a perder tempo com aquele que durante 46 anos, não fez nada e ainda está voltar a fazer promessas quando que as promessas de 2017, ele não cumpriu. Então, chegou o momento, de mudar o país e da alternância”, asseverou.
Para o político, os angolanos merecem um partido melhor para governar o país e que esse partido é o Galo Negro.
Resposta ao discurso de JLO
O também parlamentarista, não deixou em branco a quantos os ataques de João Lourenço, contra o seu partido. “Acompanhei hoje, o discurso do presidente do MPLA, na Lunda Sul, Saurismo, e eu ouvindo o presidente João Lourenço, a falar, eu intendi que só estão a esforçar o senhor a falar”, disse, acrescentando que João Lourenço passou durante o seu discurso todo a falar mal da UNITA e das viagens do seu presidente Adalberto Costa Júnior, e atirar igualmente contra a FPU.
“Os angolanos já não querem ouvir esses choros de quem governou mal durante os 5 anos, e agora está pedir mais tempo para governar. Os angolanos estão a espera de alguém que traga ideias, que traga políticas que possam desenvolver o país. Agora, essas lágrimas de crocodilos do presidente do MPLA, já não há mais nada que possa provar para melhorar.
Adriano Sapiñala disse que, o país está em paz há 20 anos e os problemas de Angola, não são problemas da guerra, para ele, é a má governação do partido no poder e, é isso que está atrasar o país que em 20 anos de paz, “já teríamos um país melhor”.
O político teceu duras críticas ao MPLA que diz ter usado mal os 20 anos de paz que o país está para açambarcar o erário pública enriquecendo-se a si próprio, deixando milhares de angolanos na linha da pobreza.
Fez saber ainda que ao invés de aproveitarem bem os 20 de paz para resolverem bem os problemas dos angolanos, “eles usaram os 20 naos de paz, para roubarem o povo. E hoje, sentem-se impotentes, porque não conseguem de andar para afrente, porque a economia está doente, o dinheiro foi roubado e está fora do país. E aqui os angolanos estão a passar à fome, enquanto o país é rico e teria dinheiro capaz para tirar o povo da pobreza”, criticou.
O administrador municipal da Baía-Farta, José Ferreira, também não foi poupado. “Aqui mesmo na Baía-Farta, o próprio administrador passa o tempo todo no tribunal porque também lhe acusaram de roubar”, disse.
O 50º aniversário da Liga da Mulher Angola (LIMA), braço feminino dos maninhos, foi antecedido com a inauguração do secretariado municipal da Baía-Farta, e serviu igualmente para homenagear as bravas mulheres que se bateram pela causa do partido fundado por Jonas Savimbi.
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