FALTA DE FINANCIAMENTO, PREÇOS BAIXOS E O MAU ESTADO DAS ESTRADAS INVIABILIZA A PRODUÇÃO DE CAFÉ

O fraco investimento, falta de financiamento bancário, preços baixos e o mau estado das estradas que ligam às principais fazendas produtoras na província do Cuanza-Norte, têm sido a maior dificuldade para o cultivo de café em escala nessa província, de acordo com os produtores.

Na abertura da Campanha de Colheita do Café 2022, realizada, sexta-feira, 1 de Julho, na fazenda São João, município do Quiculungo, o cafeicultor local Titino Moreira solicitou, em nome dos outros produtores, mais apoio do Governo Provincial do Cuanza-Norte, considerando que o sector precisa de mais atenção na aquisição de instrumentos de trabalho e produtos fitossanitários.

Titino Moreira apelou à adoção de medidas para atrair a juventude a participar em  acções concretas do sector do café, por forma a alavancar a economia, tendo em conta que a produção é executada, maioritariamente, por produtores da faixa etária dos 60 anos de idade e mais.

Na ocasião, o governador do Cuanza-Norte, Adriano Mendes de Carvalho, disse que tudo está a ser feito para a formação dos produtores, remoção dos obstáculos na legalização das cooperativas e outros procedimentos administrativos para facilitar o acesso ao crédito, no âmbito do PRODESI, com o propósito de intensificar a produção do café.

Acrescentou que as autoridades do Cuanza-Norte seleccionaram o café como um dos três produtos estratégicos para o agronegócio desenvolvido na província, estando a ser desenvolvido um programa de produção de mudas com a participação do sector privado.

O responsável ressaltou que, na presente campanha, foram distribuídas cerca de 20 mil mudas de café, a 20 cafeicultores dos municípios de Ambaca, Cazengo, Gulungo-Alto, Samba-Caju e Banga.

Adriano Mendes de Carvalho reafirmou engajamento no incentivo à produção, com a introdução de máquinas de descasque, torrefadoras e instrumentos de trabalho como tesouras de poda, catanas, enxadas, pulverizadores e pesticidas, para que os agricultores possam tirar do café mais-valias e maiores rendimentos das vendas.

Por sua vez, o chefe de Departamento do Instituto Nacional do Café no Cuanza-Norte, José da Costa Neto, avançou, para este ano, uma colheita de 600 toneladas, abaixo das 700 toneladas do ano passado.

Fonte: JA

Sul Notícias

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