Até ao fecho desta edição, dezenas de empresas solicitavam junto dos organizadores espaços para exibição e comercialização dos seus produtos, intento sem a devida anuência, devido à rigorosa observância das medidas de biossegurança contra a Covid19.
O presidente da Associação Agro-pecuária Comercial e Industrial da Huíla (AAPCIL) Paulo Gaspar, esclareceu que o recinto da Expo-Huíla possui uma capacidade para 180 expositores, mas “a imposição do distanciamento necessário face à pandemia, forçou a redução dos espaços”.
Paulo Gaspar fez saber que “é prioridade, além dos negócios e troca de parcerias e experiências, evitar o máximo possível a junção de feirantes e público em geral que de acordo com o que acontecia nas edições passadas, observa uma redução compreensível e aceitável neste ano”.
Em seu entender, os participantes devem aproveitar ao máximo as oportunidades do evento com destaque para os feitos de cada empresa já passam mais 16 meses sem a troca de ideias, parcerias, exibição das iniciativas de cada empreendedor, assim como promover os jovens que se estreiam no mundo empresarial.
Diversas empresas de Luanda, Cuanza Sul, Benguela, Namibe, Cunene, Huambo, entre outras, assim como de países como Portugal, Brasil, Namíbia, África do Sul, Turquia, China, possuem já os stands com os apetrechos necessários para a partir das 14h de hoje, exibirem as suas propostas.
O empreendedor industrial, Francisco António, que enalteceu a iniciativa da reactivação do evento que acontece em Agosto de cada ano, no âmbito das Festas de Nossa Senhora do Monte, agradeceu as autoridades por permitir “a volta da maior bolsa de negócios e tirar do marasmo várias empresas, algumas em risco de encerrar”.
Já o agro-pecuarista Alberto Tchindongo, apresenta na feira as amostras dos resultados do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), no concernente aos produtos produzidos, aquisição, escoamento aos diversos centros comerciais.
“Estamos a expor feijão de vários tipos, milho, batata-doce e rena, massango, massambala e mel cuja produção registou um aumento considerável devido aos apoios do PRODESI que leva a cabo projectos que estão a facilitar a comercialização e a fortalecer a actividade do campo”, disse.
Importa realçar as acções agro-industriais das fazendas Mumba, no município do Cuvango, Yoba, na Chibia, Complexo Agro-industrial a Nossa Terra, na Humpata que apostaram na lavoura de cereais, sementes melhoradas, frutas, assim como criação de gado bovino e caprino para diversificação da economia.
Entretanto, as Festas de Nossa Senhora do Monte são realizadas desde 1901, face a uma réplica da Madeira, Portugal. Foi no dia 15 de Agosto de 1902, que um pároco da ex-Sá da Bandeira (Lubango) celebrou a missa campal na esplanada em honra a Nossa Senhora da Conceição, dando assim força ao evento.