O discurso do camarada João Manuel Gonçalves Lourenço é grave e muito perigoso, porquanto, deve merecer repulsa, indignação e uma tomada de posição firme, bem como uma atenção redobrada dos patriotas nacionais e a comunidade internacional; porquanto, o mesmo visa desestabilizar o país, sacrificando novamente vidas humanas.
Eleições significam renovar as instituições do Estado e perspectivar o futuro da nação no que diz respeito ao crescimento económico, ao desenvolvimento harmonioso e multifacético no qual se possa estabelecer mecanismos de justiça e solidariedade, olhando para as camadas mais sensíveis como as crianças, jovens senhoras e idosos. Nesta fase os candidatos devem apresentar ideias ou programas sobre o futuro do país e dos angolanos.
O candidato do regime deve antes de mais, apresentar aos angolanos o balanço
das promessas feitas em 2017 cujo mandato está no fim. Na Lunda-Sul, onde João
Lourenço proferiu o discurso, devia ele, ter a humildade de apresentar os
resultados das promessas que havia feito em 2017, para o desenvolvimento
daquela Província como:
1. Que as obras de construção do caminho-de-ferro partindo de
Malanje/Lunda-Norte/Moxico, teriam sido executadas. O MPLA vem fazendo essa
promessa desde 2008, 2012 e reiterada em 2017, pelo João Manuel Gonçalves
Lourenço que curiosamente voltou a falar da mesma no dia 25 de Junho de 2022;
2. Que as obras de construção da Centralidade de Saurimo teriam sido executadas. O MPLA vem fazendo essa promessa desde 2012 e reiterada em 2017 pelo João Manuel Gonçalves Lourenço;
3. Que as obras de construção do Campus Universitário teriam sido executadas. O MPLA vem fazendo essa promessa desde 2008, 2012 e reiterada em 2017 pelo João Manuel Gonçalves Lourenço;
4. Que haveria investimentos massivos tanto no sector público, assim como privado que poderiam proporcionar os empregos para os jovens e o bem-estar social para as populações;
5. Que haveria saúde para todos, tendo em consideração os investimentos massivos que o Executivo levaria a cabo;
6. Que não haveria mais crianças fora do sistema de ensino, tendo em consideração os investimentos massivos que o Executivo levaria a cabo;
7. Que as obras de reabilitação e construção da estrada 230 teriam sido executadas. O MPLA vem fazendo essa promessa desde 2002, 2008, 2012 e reiterada em 2017 pelo João Manuel Gonçalves Lourenço.
João Manuel Gonçalves Lourenço deve proceder os balanços dos incumprimentos das promessas várias feitas em pleitos anteriores. João Lourenço deve parar com os discursos baixos e banais que incitam o ódio e a violência.
Por falta de ideias derivadas pela ausência de perfil ao cargo que desempenha, depois de vários discursos tristes que provocaram indignação e comoção, João Manuel Gonçalves Lourenço, Presidente da República e do MPLA, no dia 25 de Junho, de forma incisiva, contundente e brutal voltou a proferir discurso carregado de racismo, ódio e incitação a violência, orientando o abate dos seus principais concorrentes a presidência da República, nomeadamente: Adalberto Costa Júnior e Abel Epalanga Chivukuvuko. João Manuel Gonçalves Lourenço afirmou que os mesmos sejam transformados em sarrabulhos, tal e qual como foi a perseguição e concomitantemente, a morte do Dr. Jonas Malheiro Savimbi.
O discurso do camarada João Manuel Gonçalves Lourenço é grave e muito perigoso,
porquanto, deve merecer repulsa, indignação e uma tomada de posição firme, bem
como uma atenção redobrada dos patriotas nacionais e a comunidade
internacional; porquanto, o mesmo visa desestabilizar o país, sacrificando
novamente vidas humanas.
Foi grave ouvir em tom de petulância e arrogância carregada de um elevado
extinto da irracionalidade de quem é Presidente da República, palavras de clara
barbaridade, racismo, tribalismo, divisionismo, enfim – um conjunto de
banalidades e ridicularidades que em nada abonam para a segurança e estabilidade
do país e dos angolanos:
a) É muito grave dizer e nos termos que disse que, Adalberto da Costa Júnior e
os seus seguidores devem ser seguidos milimetricamente até desaparecer, tal
como desapareceu Jonas Savimbi; porque ACJ é ilusionista e não devia ousar em
candidatar-se ao cargo de Presidente da República;
b) É muito grave dizer e nos termos que disse que ao longo dos anos o foco do
MPLA foi o de combater até eliminar por completo o Galo Negro ou seja, matar
Jonas Malheiro Savimbi e todos os seus seguidores;
c) É muito grave dizer e nos termos que disse que, os militantes do MPLA devem perseguir milimetricamente e sem tréguas os passos até festejar com a cabidela do Galo Branco ou seja, matar Adalberto Costa Júnior e todos os militantes, simpatizantes e amigos da UNITA que sejam brancos e mulatos, tal como o MPLA fez com o genocídio de 27 de Maio de 1977, o genocídio pós eleitoral em 1992, o massacre dos bacongos em 1993, conhecido como sexta-feira sangrenta em Luanda, o massacre dos fieis tocoistas no bairro Terra nova em Luanda, o massacre do Monte Sumi dos fieis da igreja a Luz do Mundo do 7º dia de Julino Kalupeteca no ano de 2015, o genocídio de Cafunfo no dia 30 de Janeiro de 2021, apenas e só alguns exemplos.
Angola nosso país não precisa de Presidente da República saudosista que se alegra com os holocaustos. Angola não precisa de Presidente da República que para a manutenção do poder pelo poder faça morrer as pessoas a tortura, a tiro, a fome e outras formas cruéis. Os angolanos têm a obrigação de aprender com a História de maneiras que no uso do seu poder e com liberdade o povo de penalizar o ditador e escolher um Presidente visionário que tenha um programa de desenvolvimento sustentável.
Nessa hora de incertezas e dúvidas os angolanos devem depositar as suas
esperanças a UNITA e o seu Presidente Adalberto Costa Júnior. As nossas orações
devem incidir a favor desse povo sofredor, bem como para a saúde daquele que
foi o pai da nação de 1979 a 2017, o ex-presidente da república José Eduardo Dos
Santos.
No dia 24 de Agosto vota na UNITA e Adalberto Costa Júnior.
Luanda, 27 de Junho de 2022. –
Joaquim Nafoia
Deputado
Fonte: Club-k.net