Narrativa: Africano Balanda Carlos

A DEMOCRATIZAÇÃO DE ANGOLA E AS SUAS LINHAS NAS POSIÇÕES PARTIDARIAS

“Os mais velhos dizem correctamente que Angola precisa de uma nova independência”Eu, tal como milhões de mais novos, também partilhamos da mesma constatação de mais velhos, expressa recentemente Angola. Por um mais velho, O ancião KALUQUÉ KALUFELÉ.

Nas seguintes palavras:

“OS MAIS VELHOS DIZEM QUE ANGOLA PRECISA DE UMA NOVA INDEPENDENCIA”

A afirmação deste facto, que não foi contestado pelos mais velhos do MPLA, provocou a história de alguns integrantes da guarda MPLA-PT, do regime. E sem qualquer racionalidade. Incapazes de argumentar o contrário, optaram por subverter o direito e recorrer a ameaças pidescas e outras verborreias, tão só porque contra factos não há argumentos.

Para beneficio dos que leram tais palavras no seu contexto, transcrevo aqui as palavras integras do líder da oposição Angolana, que mais não fez senão exprimir a triste realidade por nós, vivida 45 depois declarada a independência ( NÓMINAL ) de Angola:

 

“ Hoje, temos em Angola uma democracia estéril e tutelada por um partido estado “MPLA”, que organiza processos eleitorais viciados para sequestrar o poder Politico, que é exercido por formas não previstas nem conformes com a constituição”

Temos órgãos públicos da comunicação social transformados em máquinas de propaganda do Partido – estado, que não permite isenção nos conteúdos da informação nem pluralismo políticos na titularidade dos órgãos de informação. Temos um parlamento asfixiado, sem poderes de fiscalização do executivo e subordinado ao titular do poder executivo.

“ANGOLA FOI TRANSFORMADA NO ÚNICO PAÍS AFRICANO DA CPLP QUE NÃO TEM AUTARQUIAS E NUNCA REALIZOU ELEIÇÕES AUTARQUICA, COMO SE NÃO BASTASSE A ANGOLA LIDERA O MESMO ORGANISMO”

No plano dos direitos e liberdades fundamentais, o país continua a não oferecer garantias jurisdicionais efectivas de defesa dos direitos fundamentais á vida, á inviolabilidade do Domicilio, á liberdade de imprensa do direito á greve ou do direito á manifestação.

Os níveis de desgovernação e de corrupção tornaram-se insuportáveis. O estado tornou-se um agente do crime e o governo demitiu-se da sua função principal de promover o bem comum. Ninguém mais respeita o Governo. Os mais velhos dizem correctamente que “ANGOLA PRECISA DE UMA NOVA INDEPENDENCIA”

Alguém pode desmentir isso? O que periga o estado nestas Palavras? Não é a própria essência da conduta criminosa do estado que periga a sua legitimidade? Quem é o politólogo, analista, comunicólogo, professor de Direito ou Deputado que se preze, em sã consciência, pode negar estes factos?

No mesmo diapasão, o escritor e jornalista AFRICANO BALANDA afirma que “o regime de João Manuel G. Lourenço. ( JLO ) Mantém a cegueira em relação aos mais desfavorecidos e ignora totalmente a miséria da população, vivendo uma espécie de “ENDOCOLONIALISMO” Com extremas desigualdades sociais.

Nas vésperas de 22 de Abril de 2000. O governo do MPLA mata selvaticamente alguns Angolanos. Nas terras do BIÉ, Onde alguns patriotas que advogavam o direito á liberdade de expressão, á justiça social e ao governo próprio, também foram acusados de atentar contra a “segurança do estado” E muitos dos acusados eram simples BUFOS DA SINSE, leia-se meros informadores ou bajuladores do regime, que por ironia, depois da revolução (A morte do Dr. JONAS SAVIMBI). Quiseram passar por grandes revolucionários, Quis o destino em, 45 anos depois em situação similar, este papel esteja a ser jogado por alguns dos filhos da pátria.

É evidente que há necessidade de uma nova ordem politica, uma nova matriz económica e uma nova cultura de governação que ponha fim ao “ENDOCOLONIALISMO” Sim uma nova independência. A independência dos mais desfavorecidos, que continuam a ser grandes maiorias.

Hoje sai do caixão, por ver 8 crianças á morrerem de fome em Angola. Assim sendo dou-me a primazia de o fazer -na há presentação do meu rosto. Porque perde a graça de viver, mesmo vivendo na graça. Por estas condições que o país assola de tanta miséria. Onde vivemos e vimos em Benguela, Os Encarregados de educação á mandarem as suas filhas para se prostituírem com os estrangeiros. Em troca de comida.

Obviamente que o mundo vai contestar. Tem de existir o poder do contraditório, por estas condições em que o país atravessa. Hoje vimos alguns dos nossos irmãos á venderem a própria dignidade por capricho da arrogância dos bens matérias. Para inferiorizar o próprio companheiro de Infância.

 “ SABENDO ASSIM QUE Á VIDA É UM JOGO DE XADRES, EM QUE NO FIM O PEÃO E O REI TODOS ENTRAM NA MESMA CAIXA”

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *