Fonte: Sul Noticias

 

O pan-africanismo foi um movimento político e cultural que considerou os africanos, descendentes dos africanos além fronteira, como um único conjunto. Para Feca, o Pan-africanismo consistiu em regenerar e unificar África, assim como incentivar o sentido de solidariedade entre as populações do mundo.

Em alusão ao dia de África, a Juventude Revolucionária de Angola (JURA), braço juvenil do partido UNITA em Benguela, refletiu em mesa redonda, sobre a temática “O papel da união africana para resolução de conflitos políticos, sociais e económicos” no dia 29 de Maio, na sala de conferência da Mediateca.

O tema foi desenvolvido pelo Sociólogo Juca Manjenje, Historiador Fernando Feca, e o Economista José Sapi. Durante a concertação, o Sociólogo Juca Manjenje, considerou que a par do continente Sul Americano que apresenta muitos problemas, África não foge a regra, pois, a mesma está eivada de problemas.

Para melhor entender o que a sociologia descreve sobre os problemas africanos, o também docente universitário recorreu a ideia de um sociólogo Nigeriano Hiakinissola Hákiwowo, que é considerado o pai da sociologia em África, que vem

defendendo nas lides internacionais de sociologia, a necessidade de África abandonar a ciência mundial, porque a sociologia da França, Inglaterra, Estados unidos e da Alemanha, não vão perceber a sociologia africana. “Buscando a tese, que o americano, o inglês e o francês, nunca compreenderão como é que o morto fala através de sonho”.

Para melhor sustentar os seus argumentos, Juca Manjenje foi obrigado a recorrer a história, olhando no século XV quando aconteceu a grande expansão Europeia, altura em que os europeus saíram do seu território para o mundo fora, onde depois sucedeu a escravatura, dificultando e diminuindo a capacidade de força produtiva de África. Com o fim da escravatura que desenvolveu a colonização, onde a igreja ocupou papel de destaque, nasce um fenómeno resultante desse contacto com os países, que é a chamada mundialização.

Segundo o sociólogo, é a partir desses conceitos que se começa a discutir os problemas sociológicos de África, a chamada mundialização que na sua óptica, entende-se pelo facto dos países estarem em contactos entre si.

Já para o Historiador Fernando Feca, afirma que o pan-africanismo foi um movimento político e cultural que considerou os africanos, descendentes dos africanos além fronteira, como um único conjunto. Para Feca, o Pan-africanismo consistiu em regenerar e unificar África, assim como incentivar o sentido de solidariedade entre as populações do mundo.

Segundo o mesmo, dentre os nomes dos pan-africanistas, constam também os angolanos: Agostinho Neto, Holden Roberto e Jonas Malheiro Savimbi.

E por sua vez o Economista José Sapi, considera que até agora somos colonizados, para o mesmo somos escravos modernos dos europeus. Dizia ainda que nos recursos naturais mais importante do mundo, Angola contribuiu com mais de 65 por cento, Sapi salientou que a União africana tem como objetivo fulcral mediar conflitos, que surgem normalmente a nível interno, e muitas das vezes em situações externas, devidos os interesses económicos. “O europeu ainda olha o africano como elo mais fraco do ponto de vista científico» lamentou.

De acordo ainda com o economista, os líderes africanos não dão importância nas cientificidades, recordando um dos pronunciamentos da Ministra da educação Luísa Grilo, que dizia que 1 por cento do OGE é cabimentado na investigação científica e infelizmente não acontece.

 

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