Fonte: Sul Noticias
O Fundo Global, aplicou, uma nova subvenção, de 103.2 milhões de dólares, para combater a malária, tuberculose, VIH – SIDA, consideradas grandes doenças endêmicas, nas regiões centro sul de Angola.
O volume deste investimento, contempla também, reforçar os mecanismos de prevenção contra a covide-19, um projecto que vai ser efectuado, numa primeira fase, em apenas duas províncias, nomeadamente, Benguela e cuanza sul, dado o índice de surgimento de casos, e de morte pelas referidas doenças, que devem ser combatidas.
A gestão da referida subvenção, está sob responsabilidade do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Angola, no quadro de uma parceria com o Ministério da saúde, MINSA, face aos vários sistemas de saúde em curso no país. A injeção do referido capital orçamental, tem a duração de três anos de implementação, desde o presente ano, 2021 a 2024, e entre os vários eixos, o projecto, visa melhorar o
sistema da saúde, tal como, nos sistemas comunitários, para o alcance de metas significativas, nomeadamente, manter a prevalência de VIH – SIDA.
Outro desafio, do programa, prende-se com a diminuição da percentagem de novas infeções em crianças de mães seropositivas, para 4 por cento, até 2023, e reduzir o número de novas infeções, entre as populações chaves e vulneráveis, assim como, aumentar a cobertura do tratamento antirretroviral. De forma específica, quanto à Tuberculose, o investimento visa diminuir a taxa de incidência da doença, para baixo de 300, por 100 mil habitantes, e a taxa de mortalidade para baixo de 50, por 100 mil habitantes, até ao ano de 2023.
Visa também, aumentar o número de casos notificados, fundamentalmente, os casos multirresistentes a medicamentos, e acima de tudo, melhorar a taxa de sucesso do tratamento para todas as formas de casos sensíveis à tuberculose. Quanto à Malária, espera-se que, venha diminuir o número de falecidos por esta doença, de 19, por 100 habitantes, e a taxa de positividade para 35 por cento, até 2023. Para o efeito, será reforçado o uso de mosquiteiros, a população de Benguela e Cuanza sul, assim como, permitir com que 100% dos casos suspeitos de malária, sejam testados e tratados, em conformidade com o protocolo nacional, a nível das unidades de saúde e comunidades.
Perante este quadro, a presidente do Mecanismo de Coordenação Nacional (MCN) das subvenções do Fundo Global, Ana Ruth Luís, considerou a malária, a tuberculose e o HIV, como doenças que, do ponto de vista percentual, figuram da lista, como sendo principais causas da morbilidade e mortalidade humana no país, e acima de tudo, estão na origem do absentismo laboral, causando a inoperância de vários sectores chaves, que servem para o crescimento do país. A responsável, mostrou-se preocupada, na medida em que, só a província de Benguela, atingiu no ano de 2019, mais de 25 mil casos de malária em cada 100 mil habitantes, situação que carece de um elevado esforços de todas as franjas da sociedade, no sentido de combater esse mal, no seio das populações.
A representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em exercício, Mamiosa Rangers, sublinhou que, a 18 meses anteriores, Angola demonstrou um bom desempenho, no que toca ao cumprimento das normas de gestão financeira, destinados aos programas de saúde. Este indicador, a nível internacional, facilitou a revitalização da disposição do aumento de investimento para o prosseguimento das acções, no combate a estas doenças.
Lembrou que, o referido valor, vai ser utilizado da seguinte forma, 35 milhões de usd, para o combate ao HIV – SIDA, 31 para a malária, 15 para a tuberculose e cerca de 20,6 milhões, para a pandemia, Covid-19. Deolinda Valiangula, vice-governadora para a esfera política, social e económica de Benguela, considera que, o investimento feito, a nível do sector da saúde, para o combate as referidas doenças, é uma mais-valia, tendo sublinhado que, foi no dia 02 de Fevereiro do corrente ano, que o governo da província de Benguela, recebeu a equipa do PNUD, e em conjuntos, desenvolveu-se trabalho aturado, que culminou com a criação de condições logísticas, administrativas e não só, para o alcance deste desiderato.
O governo da província, visto estar tocado com a causa, no quadro dos seus programas, compromete-se a tudo fazer, no sentido de dar vida ao andamento dos programas da saúde, para a melhoria da saúde e vida das pessoas. O financiamento da nova subvenção, do fundo global, em Benguela e Cuanza sul, sob gestão do PNUD, conta também com a participação das Organizações Não Governamental, ADPP, a World Vision, para além dos governos províncias das duas províncias.