𝑨 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒖𝒍𝒕𝒐𝒓𝒂 𝑶𝒙𝒇𝒐𝒓𝒅 𝑬𝒄𝒐𝒏𝒐𝒎𝒊𝒄𝒔 𝒑𝒓𝒆𝒗ê 𝒒𝒖𝒆 𝒏𝒆𝒔𝒕𝒆 𝒂𝒏𝒐 𝒅𝒆 2022 𝒂 𝒑𝒓𝒐𝒅𝒖çã𝒐 𝒂𝒏𝒈𝒐𝒍𝒂𝒏𝒂 𝒅𝒆 𝒑𝒆𝒕𝒓ó𝒍𝒆𝒐 𝒔𝒖𝒃𝒂 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒐𝒔 1,18 𝒎𝒊𝒍𝒉õ𝒆𝒔 𝒅𝒆 𝒃𝒂𝒓𝒓𝒊𝒔, 𝒑𝒐𝒓 𝒅𝒊𝒂, 𝒂 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒂𝒍𝒕a 𝒅𝒆𝒔𝒅𝒆 2015 𝒆 𝒂𝒑𝒐𝒏𝒕𝒂 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒐 𝒅𝒆𝒔𝒆𝒒𝒖𝒊𝒍í𝒃𝒓𝒊𝒐 𝒏𝒂 𝒃𝒂𝒍𝒂𝒏ç𝒂 𝒅𝒆 𝒓𝒊𝒔𝒄𝒐.

“Prevemos que a produção de petróleo em Angola suba para 1,18 milhões de barris por dia em 2022, aumentando face aos 1,13 milhões de barris em 2021, mas a balança de riscos está desequilibrada negativamente devido à possibilidade de mais problemas técnicos e de perturbações nas cadeias de oferta”, escrevem os analistas.

Num comentário aos números de maio, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas da Oxford Economics escrevem que a China, que representou 70% das exportações de Angola no ano passado, será determinante para a evolução da receita petrolífera angolana este ano.

“Os confinamentos relacionados com a variante Ómicron afetaram adversamente as exportações de petróleo, o que obrigou a Sonangol a vender carregamentos com um grande desconto”, apontam os analistas, vincando que também a Rússia é importante para a evolução das exportações de petróleo em Angola, que valem cerca de 90% do total.

“Angola enfrenta uma dura competição da China, que pode colocar ainda mais pressão nos preços do petróleo angolano; a Rússia está a vender petróleo barato num contexto de embargo ao petróleo russo por parte de outros países, e em maio a Rússia já substituiu a Arábia Saudita como o maior fornecedor de petróleo à China”, diz a Oxford Economics.

A produção petrolífera de maio desceu ligeiramente em Angola, mas no total dos primeiros cinco meses, o país conseguiu bombear 1,17 milhões de barris por dia, em média, o que representa um aumento de 1,9% face ao período entre janeiro e maio de 2021, o que teve um impacto positivo nas finanças públicas e na taxa de câmbio.

“A produção mais estável e o elevado preço do petróleo originou um fluxo de petrodólares no ano passado, o que melhorou a taxa de câmbio e a qualidade do crédito soberano de Angola; a moeda angolana transacionou à volta de 433 kwanzas por dólar nos últimos dias, o que representa uma forte inversão face ao pior período de novembro de 2020, em que um dólar valia 660 kwanzas”, escreve a consultora Oxford Economics.

Ainda que a produção esteja em níveis baixos, principalmente se comparada com a década passada, em que Angola chegou a bombear quase 1,8 milhões de barris por dia, o nível de receitas está historicamente alto devido aos preços internacionais do crude.

“As estatísticas do Ministério das Finanças de Angola continuam a mostrar uma forte melhoria nas receitas petrolíferas, principalmente devido aos preços elevados; as receitas cumulativas do petróleo nos primeiros cinco meses de 2022 subiram 89,2% face ao período entre janeiro e maio de 2021”, dizem os analistas, notando, ainda assim, que “o preço médio do petróleo angolano desceu de 119,5 dólares por barril, em abril, para 63 dólares por barril em maio, devido ao impacto da redução da procura chinesa, originada pelo confinamento imposto pela pandemia de covid-19”.

 Fonte: Lusa

 

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