Fonte: Sul Notícias

200 Crianças dão entrada na pediatria do Hospital Geral de Benguela diariamente, das quais, 60 ficam internadas, 3 a 4 morrem por dia. Segundo a constatação do Secretario Provincial da UNITA, Adriano Sapinãla na visita que efectou recentemente naquela unidade sanitária.

O secretário provincial da UNITA em Benguela e Deputado da Assembleia Nacional, Adriano Sapiñala, que efetuou visitas em algumas unidades hospitalares, começando pelo hospital municipal da Catumbela, não gostou a forma como encontrou aquela estrutura hospitalar do tempo colonial. Sapiñala, fez saber ainda que vai daqui em diante advogar as unidades hospitalares da província.

O político, foi informado que a pediatria do Hospital Geral de Benguela é uma área que recebe 200 crianças diariamente, nos quais, 60 ficam internadas e nesses internados registam uma média de mortes de 3 a 4 crianças por dia. 

De acordo com o líder partidário, a má nutrição das crianças, é resultado da péssima situação socioeconómica e financeira das famílias.

Adriano Sapiñala mostrou-se agastado quando ouviu de um psicólogo do hospital de que há Mamãs, mesmo com crianças internadas, recorrem em estabelecimentos para efectuar a compra de bebidas alcoólicas.    

Já a activista cívica, Finúria Silvano, realçou que a falta de medicamentos nos hospitais, é uma das causas das mortes e lamenta pela perca de vidas humanas que têm tirado sono aos citadinos naquela Cidade.

Aquela activista recordou os pronunciamentos da Ministra da Saúde Sílvia Lutucuta, que tinha garantido numa das suas intervenções de que nos hospitais nunca mais faltariam medicamentos.

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O Sociólogo Juca Manjenje, considera que a falta de medicamentos nos hospitais, é devido a falha das políticas públicas do país, que andam a disparar problemas que temos em Angola. Não há uma relação directa entre aquilo que se programa e aquilo que se está a viver. O Sociólogo considera ainda haver uma dessincronização na informação entre a Ministra da Saúde Sílvia Lutucuta, que diz ter medicamentos nas unidades hospitalares e os enfermeiros que dizem não ter fármacos nas unidades sanitárias.

Já o activista social da ONG OMUNGA, Gabriel, disse que a sua organização visitou algumas unidades hospitalares da província, e fez saber que as preocupações são várias desde a falta de medicamentos, camas e entre outras.

A falta de água nas unidades hospitalares onde a OMUNGA passou, também é outro dilema. Gabriel disse ainda que as próprias pacientes é que têm que acarretar água na vizinhança. Entre vários problemas de patologias verificadas nos hospitais, destacam-se a desnutrição aguda, malaria e tuberculose. Para aquele activista social, todas essas situações transmitem uma outra informação sobre tudo a fragilidade da economia das famílias e por insuficiência dos serviços básicos, de uma forma geral, fala-se das debilidades a nível dos serviços sociais.

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