O Director da Televisão Pública de Angola (TPA), em Cabinda, Francisco Lundi, está ser apontado como pior figura do que o músico de estilo Gospel, Bambila, ao concretizar a realização e exibição pública, uma reportagem sobre os factos que envolveram o político da oposição angolana, Abel Epalanga Chivukuvuku e a transportadora aérea nacional, TAAG.
Dados que Angola24horas teve, acesso, dão conta que a grande questão centra-se no facto de a referida peça jornalística ter sido oportunamente exibida, com apenas pronunciamentos de uma parte envolvida, que não obedece ao princípio do contraditório.
“É mesmo isso que aprenderam no curso de jornalismo?”, questiona uma fonte em reacção, acusando o Francisco Lundi de “O rapaz vive Nhungalizando a TPA só para agradar o chefe e perpetuar no poder”.
Em uma reportagem da Rádio Despertar, Chivukuvuku diz que viajou para Cabinda, província do norte de Angola, no sábado, para participar num comício da UNITA, presidido pelo líder do partido, Adalberto da Costa Júnior.
Nesse mesmo dia, pediu aos seus serviços para tratarem com o protocolo do Estado para poder regressar à Luanda no dia 12 de Junho, domingo, no voo da tarde.
Já no domingo, a delegação da UNITA seguiu para o aeroporto, segundo contou, por volta das 14 horas e, consigo, foram instalados na sala do protocolo e disseram-lhe que o bilhete estava com os serviços do protocolo e que só iriam entregá-lo o talão de embarque quando entrasse para o mini-autocarro.
Abel Chivukuvuku adiantou que ao chegar o autocarro, teve que dar primazia ao líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, esperando seguir na segunda viagem.
No entanto, quando o autocarro voltou disseram que o avião estava cheio e não poderiam (Abel e sua delegação) embarcar.
“Exigi ir até ao avião e quando cheguei lá perguntaram-me pelo talão de embarque. Eu disse que estava com os serviços do protocolo e decidi subir. Sentei-me, e quando a hospedeira veio falar comigo, disse-lhe para solicitar o talão aos serviços de protocolo”, relatou, confirmando que não atendeu aos pedidos para descer do avião.
O político afirmou ainda que foi o último passageiro a embarcar e viu que havia cinco lugares disponíveis, questionando os motivos para que fossem impedidas de embarcar outras três pessoas da sua delegação, designadamente o director de gabinete e dois escoltas.
“Podem fazer isso com outros passageiros, com o Abel Chivukuvuku nunca vão fazer. Ou há muita desorganização ou foi politicamente orientado e queriam reter-me em Cabida e isso eu não admito”, considerou Abel Chivukuvuku.
Também, tornou público que já solicitou um encontro com o ministro dos Transportes para pedir explicações sobre situações semelhantes, em que os passageiros são impedidos de embarcar apesar de terem bilhete e haver disponibilidade de lugares.
Dados ainda, avançam que a transportadora aérea TAAG, quando questionada pela Lusa sobre os alegados distúrbios, remeteu informações sobre o assunto para mais tarde.
A Lusa pediu também aos responsáveis do Ministério do Interior em Cabinda mais detalhes sobre o processo criminal que terá sido aberto contra Abel Chivukuvuku, estando também a aguardar esclarecimentos.
Entretanto, o Coordenador do Projecto Político PRA-JÁ garantiu que não foi notificado sobre nenhum processo e fala em tentativas de “diabolização e manipulação” do MPLA.
“Eu tenho razão e tenho direitos”, concluiu.
Fonte: Angola24horas