O Coordenador do Projecto Diálogos na Comunidade, organização da sociedade civil da Província do Moxico, alertou nesta terça-feira, 28 de Junho, ao Correio da Kianda, que a fraca participação das instituições responsáveis pela Divulgação e educação Eleitoral nas comunidades pode fazer com que a 24 de Agosto, se registe um número maior de abstenção jamais vista num processo eleitoral em Angola.

De acordo com também educador cívico, Luís Joaquim Paulo, o acesso a informação sobre o processo eleitoral no Moxico, têm sido muito restrita, sen que são as acções dos partidos políticos que despertam atenção aos cidadãos com a realização de acções partidárias, como marchas e fixação de bandeiras e postes de propagandas eleitorais.

Para Luís Paulo a maior participação no processo de educação cívica eleitoral devia ser das instituições com fins e afins eleitorais, sendo que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) deve promover, na província, uma agenda de trabalho centrada na divulgação e educação eleitoral juntos em parceria com as organizações da sociedade civil.

O promotor de várias actividades cívicas e de debate diz que a sociedade civil naquela província do leste tem limitações financeiras, o que a limita de ter uma maior participação no processo de educação cívica eleitoral, por isso entende que caso não se resolva a situação não “podemos afirmar que não tem sido uma das melhores épocas eleitorais quanto a informação sobre o processo”.

“A população precisa mais de informação eleitoral despartidarizada assente na propagação do espírito democrático através da consciencialização sobre a necessidade de existir a tolerância”, disse, acrescentando que com a actual situação, “pode sim, o número de abstenção pode mesmo ser maior”, comparativamente aos pleitos anteriores.

A crítica de Luís Paulo vai também aos partidos políticos na oposição, para quem, “fez pouco trabalho de casa” e como exemplo cita as mais recentes formações políticas, que, afirma não estarem representadas no Moxico.

O jovem sublinha que a UNITA, maior partido na oposição, tem um candidato que “infelizmente é pouco conhecido sendo que não esteve nesta província depois da sua campanha de candidatura à presidência do seu partido”.

Um outro motivo, segundo Luís Paulo, é o nível de intolerância política na província. “Os ânimos não andam lá nada muito bom. Podemos afirmar que sim vai existir abstenção. É só vermos as taxas de cidadãos que aderiram o BUAP”, finalizou.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *