O potencial musical da província do Huambo, nos mais variados estilos, foi demonstrado, quinta-feira, durante o encerramento do Festival Nacional de Cultura (FENACULT) abrilhantado, somente, por artistas locais da nova e velha geração.

Num palco colorido e bonito de se ver, a banda Geração Nova encarregou-se de acompanhar  os artistas e, ao mesmo tempo, de homenagear dois “monstros” da música local, designadamente Viñi Viñi e Tchissica Artes, ambos já falecidos.

Com uma mensagem de apelo à unidade nacional, veterano músico Mam Jaci deu o pontapé o espectáculo, decorrido no auditório da estação emissora provincial do Grupo Rádio Nacional de Angola, perante uma assistência diversificada, destacando-se o vice-governador local para os serviços Técnicos e Infra-estruturas, Elmano Francisco, políticos, agentes culturais, membros dos órgãos de defesa, segurança e ordem interna, artistas, jornalistas e estudantes.

Num entrosamento de vários estilos, desde o Semba, Repper, Kuduro, Rock, Adoço (mistura de kuduro e house) e Kilapanga, subiram, igualmente, ao palco os artistas da velha geração, João Afonso, Bessa Teixeira e João Baptista Joli e Justino Handanga, este último encerrou o espectáculo, com o público vibrante do princípio ao fim.

Em três horas de animação com  bastante som e cor a representação da nova geração de artistas do Planalto Central coube aos músicos, Grande Nico, Edna Mateia, Tichini, Rei Fagulha, Tio Hossi e o quarteto os Picantes, vencedor da edição 2021 do Top dos Mais Queridos.

Cada actuação musical diversificada dos 11 artistas, por sinal todos da praça local, criava, ao público assistente, um ambiente de bastante nostalgia e vibração, que fazia questão de acompanhar os coros musicais.

Em breves declarações, o director do gabinete local da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, Jeremias Piedade Chissanga, disse que a III edição do FENACULT visou, sobretudo, contribuir para o engrandecimento da cultura nacional nas suas diversas dimensões.

Disse que o FENACULT edição Especial Centenário do Doutor António Agostinho Neto superou as expectativas, na medida em que contou com a participação e entrega da sociedade da província do Huambo.

Outras manifestações

Durante o evento, decorrido desde 22 de Novembro último, foram realizadas conferências e colóquios, exposição centenária do Doutor António Agostinho Neto, festivais de poesia e trova, exibições de peças de teatro e de dança tradicional e do Otchigandji, para além da feira sobre as potencialidades artísticas e culturais da província do Huambo.

A primeira edição do Festival Nacional de Cultura (FENACULT) realizou-se em 1989, enquanto a segunda decorreu em 2014, um evento de afirmação cultural que promove a livre expressão da manifestação tradicional dos povos, o intercâmbio e o fortalecimento da unidade nacional e serve, ao mesmo tempo, para avaliar o estado de desenvolvimento e exaltação das artes e da cultura.

Recorde-se que o fundador da Nação angolana nasceu a 10 de Setembro de 1922, no Icolo e Bengo, tendo falecido a 10 de Setembro de 1979, em Moscovo na Rússia. Como primeiro Presidente de Angola, proclamou a Independência Nacional a 11 de Novembro de 1975.

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