O país estima produzir mais de seis milhões de toneladas de grãos até 2027, de acordo com o Plano Nacional de Fomento da Produção de Grãos (PLANAGRÃO) apresentado, esta terça-feira, pelo Ministério da Economia e Planeamento (MEP), em Luanda.
O plano, que arranca no primeiro trimestre de 2023, prevê um investimento médio anual de cerca de 670 milhões de kwanzas para a produção de grãos de trigo, arroz, soja e milho, e outros cereais, adiantou o secretário de Estado para a Economia, Ivan dos Santos, no “Briefing” semanal com a imprensa.
Já para a construção e reabilitação de infra-estruturas de apoio ao sector produtivo e social, o Governo prevê cerca de 471 milhões de kwanzas anualmente.
“O plano é de âmbito nacional, com maior destaque para as províncias do Moxico, Lundas Norte e Sul, regiões com terras disponíveis e condições climáticas favoráveis para a produção desses cereais”, destacou o Ivan Marques citado num comunicado de imprensa enviado ao JA Online.
Para a materialização do PLANAGRÃO vão ser mobilizados fundos públicos e privados, dos quais, o Estado vai investir durante cinco anos o valor de 1.178 mil milhões de Kwanzas em infra-estruturas, que incluem a demarcação de dois milhões de hectares, loteamento e vias de acesso para as zonas de produção.
Adicionalmente, vão ser aplicados 1.674 mil milhões de Kwanzas na capitalização do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) e do Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA), para o financiamento do sector privado nacional, que tenha condições de produção, logística e transformação dos grãos, e de garantir toda cadeia de valor, como refere o documento.
Segundo o Executivo, a banca comercial vai poder também mobilizar fundos, através do Aviso 10 do Banco Nacional de Angola (BNA), que garante acesso ao crédito com taxas de juros mais actrativas para os promotores de projectos produtivos.