Uma empresa de dimensão colossal esponta na entrada da Chibia, província da Huíla, designada de Hipermáquinas, com milhares de pedras negras de granito escavadas pelas mãos gretadas dos homens e máquinas.
Blocos, extraídos das minas esventrando as terras para a exportação continua não deixando a devida compensação ao município da Chibia, designado ou aos seus filhos submetidos ao trabalho de escravo, em complacência dos nossos dirigentes e órgãos afins que não compensam as populações locais pela exploração dos seus recursos naturais.
Em pleno século XXI ainda existe este método de exploração de trabalho com uma carga horária de mais de 12 horas diárias de segunda a sábado, sem remuneração de horas extras; Labutando das 6 horas às 19 horas, com apenas uma hora para a refeição. Prevalecendo entre todos uma frase ou palavra de ordem, (Aqui não há emprego, mas sim trabalho).
Para além das horas excessivas os salários são completamente díspares entre angolanos e expatriados mesmo em funções idênticas o que reflecte a verdadeira desigualdade entre trabalhadores. Tudo isto resume-se a falta de trabalho e oportunidades no município e a direcção da empresa, submete os trabalhadores que vêem os seus direitos ultrajados e silenciados pela necessidade de sobrevivência…
Há que rever esta situação, que posso designar de escravidão camuflada aos preceitos da lei geral de trabalho em vigor no país, devido a ganância e do lucro fácil dos patrões!
By, Rui Telles