Fonte: Angop

Luanda – Oitenta porcento das 468 agências de viagens e turismo do país estão paralisadas devido às medidas impostas para se conter o avanço do vírus da Covid-19, soube a Angop  durante uma visita do secretário de Estado para o Turismo, Hélder Marcelino, a alguns empreendimentos turísticos da capital do país.

 

Segundo o secretário de Estado para o Turismo, Hélder Marcelino, o ministério está preocupado com os problemas que afligem o sector, mormente a indústria de fornecimento de equipamentos, a articulação com os demais sectores para mitigar questões como os altos pacotes turísticos praticados no país.

“Os problemas comuns são tratados da mesma forma, mas existem as questões específicas de cada uma destas instituições como é o caso dos que ainda albergam hóspedes em quarentena institucional, que tiveram que reduzir custos”, destacou o gestor, lamentando a suspensão da actividade por muitas.

Acrescentou que outras estão pagar subsídios de riscos aos funcionários devido aos hóspedes em quarentena e, “acrescidos a isto, no geral, todas enfrentam o problema da aquisição de materiais de biossegurança”.

Para a directora comercial da agência de viagem “Atlântida WTA viagens””, Isabel Apolinário, também presente na visita de sexta-feira, o sector está a ser muito sacrificado por não ter produto para venda, tendo em conta o momento pandêmico e particularmente pela cerca sanitária de Luanda.

Por outro lado, referiu-se à exiguidade de voos de e para Luanda, que, na sua óptica, fez com que em alguns meses a produção baixasse até mesmo 90 porcento, mas que tinha de se manter alguns gastos com serviços e com salário do pessoal. A TAAG assegura, neste momento, as viagens internacionais e interprovinciais.

Para si, este estágio fez com que se tivesse que redirecionar o negócio, reduzir custos, optar-se pelo teletrabalho e até mesmo a dispensar alguns colaboradores.

Por sua vez, a gestora do hotel Royal Plaza, Eduarda Sampaio, informou que o seu empreendimento está a trabalhar e a acolher hóspedes normalmente, como um taxa de ocupação de 55 porcento, mas que enfrenta dificuldades com os materiais de hotelaria.

“O país carece de uma indústria de suporte ao sector hoteleiro, o que faz com que os fornecedores de equipamentos e utensílios praticam preços exorbitantes, que por vezes impossibilita a aquisição dos mesmos”, notou.

A propósito, o Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente vai articular com as outras instâncias que concorrem para a melhoria do sector, para se encontrar meio termo para que estes serviços continuem a prestar o seu serviço e salvaguardem os postos de trabalho, numa altura que controla 236 hotéis e similares em todo o país.

 

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