O Presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), João Lourenço, apelou no sábado último 4 de Junho, em Mbanza Kongo, capital da província do Zaire, os partidos políticos para que assumam, junto do seu eleitorado, o verdadeiro papel de educadores e pacificadores com a sociedade, para que as eleições ocorram dentro de um maior civismo possível.  

João Lourenço disse que há necessidade de os angolanos, no geral, tudo fazerem para credibilizar as eleições marcadas para 24 de Agosto, num acto político de massas, no Largo Agostinho Neto, que reuniu cerca de 100 mil pessoas, entre militantes, simpatizantes e amigos dessa formação política, no poder há 46 anos.

O político apelou aos partidos políticos para que assumam, junto do seu eleitorado, o verdadeiro papel de educadores e pacificadores com a sociedade, para que as eleições ocorram dentro de um maior civismo possível. Segundo o Presidente João Lourenço, os partidos políticos têm a obrigação de desencorajar a violência e a intolerância política, notando que se todos fizerem bem o seu trabalho a Polícia Nacional não terá tanta necessidade de impor a ordem.

O também presidente da Republica manifestou apreensão pelo facto de ainda existem partidos políticos que, pelos seus pronunciamentos, indiciam a tentativa de descredibilizar o processo eleitoral.

Para ele, o correcto “é, todos nós, não apenas o MPLA, trabalharmos para a credibilização de todo o processo eleitoral”, disse, acrescentando que só foi possível convocar as eleições porque o Executivo, a CNE e o Tribunal Constitucional (TC) garantiram ter criado todas as condições para a realização do processo.

Informou que o Tribunal Constitucional começa já a receber, a partir desta segunda-feira, 6 de Junho, os processos de candidaturas dos partidos que poderão concorrer nas eleições de 24 de Agosto.

Bastante ovacionado, João Lourenço sublinhou que ainda vai levar muitos anos para o país ter “um partido sério como o MPLA”, apelando à população para votar na continuidade, no sentido de garantir a execução de todos os projectos em curso no país para o bem-estar da população.

Segundo o líder dos Camaradas, “muitos falam na alternância, mas não são sérios” e socorreu-se do velho adágio segundo o qual “Cavalos que ganham não se trocam”.

Observou que, mesmo em situações críticas como a fase da pandemia da Covid-19, “na calada da noite o Executivo foi trabalhando para garantir a conclusão de muitas obras, fundamentalmente no sector da saúde e educação”.

Mobilização dos militantes para o voto

O líder do MPLA manifestou a necessidade de uma mobilização geral dos militantes, simpatizantes e amigos do seu partido, para garantir o voto dos eleitores e prosseguir com as políticas que vão alavancar o país rumo ao desenvolvimento. João Lourenço aproveitou a ocasião para apresentar, junto do eleitorado, a candidata do seu partido ao cargo de vice-presidente da República, Esperança Costa, em caso de vitória nas eleições de 24 de Agosto.

A esse respeito, notou que o partido no poder tem feito um trabalho notável na questão da paridade do género no país, que Para o político, as mulheres, para além de gerarem a vida, são também capazes de ocupar lugares de destaque nos órgãos de decisão do país.


Centralidade do Mbanza Congo prometida pela terceira vez desde 2015

Diferente as outras províncias onde tem inaugurado obras na sua maioria deixadas pelo seu antecessor José Eduardo dos Santos (JES), a deslocação ao Zaire foi diferente uma vez que durante este mandato presidencial, o governo nada fez de novo levando João Lourenço a repetir as mesmas promessas de 2017, tal como a construção de um novo aeroporto, Refinaria do Soyo, Fabrica de Fertilizantes, e o futuro Hospital Geral, uma obra que começou a ser construída em 2014, mas que em 2016 foram paralisadas em 2016, segundo pesquisa do Club-k.  

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