O conselho provincial do Bloco Democrático, na província de Benguela, reuniu esta segunda-feira 13 de junho, em secção ordinária para analisar a situação sociopolítica e económica da província e sua posição na FPU (Frente Patriótica Unida). A 3ª reunião orientou os seus militantes a nível da província à mobilizarem voto para a UNITA e o seu candidato Adalberto Costa Júnior, onde também são inseridos na mesma lista.
No comunicado final, o líder do BD, Zeferino Kuvíngwa, disse que a 3ª reunião do Conselho provincial em Benguela, decorreu num ambiente de preparação para as eleições gerais, à decorrer no dia 24 de Agosto próximo.
Zeferino Kuvíngwa fez saber a 3ª reunião do Conselho provincial escolheu o município da Ganda, para as festividades do partido, que completa no dia 4 de Julho, 12 anos de existência desde a sua fundação.
Os participantes da 3ª reunião ficaram informadas de que o Bloco Democrático vai participar nas eleições gerais por via do partido UNITA, onde foram indigitados 13 membros, dos quais dois da província de Benguela, entre eles, o secretário provincial Zeferino Kuvíngwa, e a Secretária municipal do Chongoroi, Adília Kalongole Singue, que também é membro da Comissão Politica do BD, órgão de decisão daquela partido, como candidatos à Deputado pela lista do Galo Negro.
Mobilizar voto para UNITA
A 3ª reunião do Conselho provincial ordinário autorizou o secretariado provincial organizar todo processo eleitoral, para a colaboração exitosa no partido UNITA, com poderes, com habilidades e veemência os pedidos do Galo Negro, para o processo eleitoral. A 3ª reunião orientou igualmente os seus militantes a nível da província à mobilizarem o voto na UNITA e o seu candidato Adalberto Costa Júnior.
Situação social
A 3ª reunião Ordinária discutiu e aprovou os relatórios de actividades e das finanças, do último semestre do ano em curso. A 3ª reunião analisou igualmente a situação social, económica e política da província, tendo considerado que, a economia da província pode crescer e produzir riquezas, em que o estado de pobreza, da fome constante em que está atirado o povo, é uma estratégia política de governação do MPLA.
“Se repararmos, começou a distribuir dinheiro, que não havia quando as pessoas estavam a comer farelo, quando as pessoas estavam a morrer de fome, quando as pessoas morriam de paludismo e sem medicamentos nos hospitais”, criticou, salientando que ao longo da governação de João Lourenço, faltou de tudo um pouco para gizar politicas para tirar o povo do marasmo em que se encontra, mas que havia dinheiro guardado e hoje está ser distribuído nas ruas nas passeatas, nos comícios, para actividade políticas do partido no poder.
Para Zeferino Kuvínwa, o partido que sustenta o poder inventou créditos de congelar o dinheiro, quando que o povo estava a precisar para não morrer de fome, a população morria por falta de fármacos nos hospitais, e o governo não atendia porque não havia dinheiro.
Os membros do conselho, com conluiaram que, “o MPLA criou propositalmente o sofrimento do povo, para esperar essa época eleitoral e humilhar as pessoas nas praças, distribuindo dinheiro nas filas onde os nossos irmãos lutam sem esperança para conseguir”.
Os bloquistas concluíram que o governo do MPLA é um governo eleitoralista, é incessível ao sofrimento da população, mas que precisa do mesmo povo na hora do voto.
“O povo de Benguela vai ter que aprender à não votar nessas brincadeiras, que perdura há 46 anos”, alertou.
A 3ª reunião foi informada de que, em todos os municípios da província, atravessam rios potenciais que não secam, mas que o povo depende das chuvas e quando não há chuva, o povo morre à fome.
“O Executivo não sebe que deve criar condições para o povo produzir, sem esperar pelas chuvas?”, questionou, acusando o Executivo de João Lourenço, de manter o povo dependente (pedir esmola) dos países produtores, manter o povo refém do FMI (Fundo Monetário Internacional”, para conseguir uma refeição. Segundo o político, “descolonizamos as terras, mas não descolonizamos as mentes”, considerou.
“Em quanto que a nossa terra é potencialmente produtora, em quanto que a nossa terra tem riquezas, mas não temos um Executivo, que pode ajudar o povo a explorar as suas terras sem aguardar pelas chuvas”, enfatizou.
Governo de Luís Nunes não foi poupado
De a cordo com o político, o governo de Luís Nunes, tinha muito de aproveitar, o poderio dos recursos, da província, para proporcionar aos benguelses, uma vida tranquila e boa, fora da fome e de mortes. Segundo o político, esse governo liderando pelo também 1º secretário do MPLA, está aquém das espectativas, trouxe um modelo de governo em Benguela, do feitio do seu partido.
Disse ainda que na província de Benguela, há disputas de mercados dos bens que, nos últimos meses, há alteração na classe empresarial que para o político, é uma situação da lei dos mais fortes.
“Porque há empresas dominantes daquela do poder executivo, e ganham vantagens em relação às outras”, disse, acrescentando que utilizam o estado para afogar as outras empresas e empresários, com esse comportamento, acabam por aniquilar os postos de rendimentos das famílias.
Sem papas na língua, Zeferino Kuvíngwa vai mais longe ao dizer que, estamos perante há um governo irracional e imoral.
Exames dos alunos
O também professor de profissão fez saber que o Conselho provincial do seu partido, ficou informado de que, os alunos começaram os exames escolares a partir desta segunda-feira 13 de junho, mas que a realidade do país, em particular da província, mostra que há muitas escolas, que tem crianças que os seus encarregados de educação, não conseguem comprar um caderno novo, nem já um papel para fazer provas. Segundo Zeferino Kuvíngwa, o Governo deu às costas ao futuro do país.
“Se preparamos bem as crianças e educa-las bem, é o melhor futuro do país que estamos a preparar. As crianças não têm papel e não têm apoio do governo para que possam fazer as provas”, frisou, afirmando que assiste-se uma irresponsabilidade do governo. Para BD, a política é a ética, e é sobre tudo a ética de responsabilidade.