O porta-voz e secretário para a Informação do Bureau Político do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) negou  existirem ordens do partido,  aos órgãos de informação estatais sobre como fazer a cobertura noticiosa de assuntos políticos em Angola.

Em declarações à Voz de América (VOA) nesta terça-feira, 14 de Junho, Rui Falcão Pinto de Andrade, admitiu, no entanto, que pode haver “excesso de zelo e autocensura” nesses órgãos de informação.

O político reagia assim a novas acusações de que por ordem do MPLA, a televisão estatal está a dar um tratamento político diferente aos actos da pré-campanha eleitoral.

O mais recente exemplo é dos comícios realizados no sábado 11 de Junho passado.

Enquanto, por um lado, o acto de massas do MPLA, realizado no Moxico, foi transmitido em direto na TPA, RNA e TV-Zimbo, retratado nos noticiários dos referidos órgãos em larga escala. O maior partido na oposição que fez o seu acto de massas teve apenas direito a cerca de 20 segundos na Televisão Pública de Angola (TPA).

O porta-voz da União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA), Marcial Dachala, disse que “os jornalistas e editores destas televisões não são responsáveis de tal barbárie, mas que “é a mão do partido no poder que na sua cultura de exclusão vai ao ponto de transformar estes órgãos em tentáculos do seu Departamento de Acção Psicológica e Propaganda com a exclusiva pretensão de demostrar que é o único partido capaz de governar o país”.

Por sua vez, o porta-voz do MPLA, Rui Falcão, rejeitou tais acusações, salientando que, “o secretário de informação do MPLA sou eu e eu não dei, nem dou, nem darei qualquer orientação para estes órgãos”, garantiu, afirmando que o MPLA “pugna por uma informação isenta”, rejeitou.

“Infelizmente há quem deturpe os limites das suas responsabilidades o que não tem nada a ver connosco”, acrescentou Rui Falcão, concluindo que, “excessos de zelo e auto-censura não nos caracterizam”, afirmou.

Fonte: VOA

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